O ser humano naturalmente tem o desejo e a necessidade de construir vínculos, mas essencialmente quando somos crianças, queremos construir esse vínculo com alguém que nos ajudará em diversas situações que não sabemos lidar. Sendo o apoio, proteção e lugar seguro.
Uma Mãe é um exemplo claro da figura no qual o seu filho se vincula, ele trará sobre sua responsabilidade uma conexão de maneira que afete o seu filho e a faça ser necessária na vida dele. Todavia, o mais interessante de tudo isso foi à descoberta feita sobre vinculação.
Precisamos Criar Vínculos Em Nossa Infância
O pesquisador John Bowlby, fez uma descoberta muito importante para entender essa relação entre Pais e Filhos. Ele afirma que toda essa vinculação que criamos é na verdade uma necessidade de aproximação que quando se trata de crianças ajuda no desenvolvimento e sobrevivência da mesma. Ele teve essa percepção a partir da observação que ele fez de crianças que estavam doentes e hospitalizados por razões de abandono. E outras que tinham o cuidado de seus Pais e que também estavam doentes.
Posteriormente, mais uma descoberta foi feita, dessa vez pela psicóloga Mary Ainsworth, através do método chamado – a situação estranha – ela simplesmente colocava um adulto e uma criança em situações fora do conforto do lar. Dessa forma a criança ficava por um tempo em uma sala com uma pessoa estranha, um tempo com a mãe e um tempo só. A partir disso Mary analisava como a criança se comportava diante da figura do qual mantinha apego, no caso, de sua mãe.
Sendo assim, ela estabeleceu três tipos de maneiras diferentes de vinculação – seguro, insegura ambivalente e evitante.
Tipos De Vinculação
Vinculação Segura – Nesse caso, o vínculo é construído através de uma relação de muita confiança e aproximação. Apesar de sentir a falta da mãe enquanto ela está fora da sala, a criança consegue encontrar distrações dentro do ambiente que está inserida, e sua reação quando sua mãe volta não é de angústia, mas sim de alegria!
Vinculação Insegura Ambivalente – Surge a partir de uma criação onde os Pais nem sempre estão presentes nas horas em que seus filhos precisam, então nesse caso, durante o teste quando a mãe se ausenta, as reações são de indignação que a criança tem pela Mãe que deixou ela sozinha. Quando sua mãe retorna para a sala, a criança reage com choro e raiva também.
Evitante – No caso do evitante, a negligencia dos Pais é ainda maior e por isso esteja a mãe ou não dentro da sala elas não esboçaram reações diferentes já que o afastamento já é comum e o vínculo não é forte.
Essa análise deixa claro que para crianças terem um vínculo forte com seus responsáveis é necessário muito cuidado e atenção.
É Necessário Construir
Não é do dia para noite que se constrói um relacionamento, é desde muito cedo. Muitos País reclamam de seus relacionamentos de distanciamento dos filhos, mas não fizeram o trabalho de criar laços para que seus filhos o tenham por figura de vinculação.
Quando falamos em Pais adotivos, por exemplo, parece mais difícil criar esses vínculos já que muitas vezes a criança chega até eles sem saber o que é ter uma figura de amor presente. Então é comum que ela tenha um distanciamento de seus novos Pais. E o motivo é que elas nunca tiveram desde pequena a vinculação segura. Por isso, não é tão fácil se relacionar com elas.
Mas não é impossível, seja você um Pai adotivo ou biológico que queira ter um relacionamento próximo aos seus filhos, busque aos poucos mostrar para ele que é importante e demonstre o afeto que acredita que eles merecem receber.
Não será um resultado imediato, é uma longa construção que necessita de tempo e paciência, mas valerá a pena no final. Quando crianças entram por exemplo, em um lar adotivo. Também passam por esse processo de vinculação com os acolhedores e voluntários. O que exige muita paciência e perseverança, mas sempre vale a pena.
Inclusive, se você deseja conhecer esse nosso trabalho de acolhimento e nos apoiar, acesse o site e faça sua doação.
Espero que esse artigo tenha te ajudado!
